sábado, 18 de maio de 2013

MUAR - Biologia - Trabalhos Escolares - ZOOLOGIA



MUAR

As facilidades de transporte e seu elevado grau de mecanização vêm tornando cada vez menos necessários os serviços dos muares. Houve época, no entanto, em que eles eram criados em tal quantidade no Brasil que, no século XVIII, o rei de Portugal proibiu sua procriação, pois esta diminuía a de cavalos, dos quais precisavam as tropas lusas na África.
Muar é todo animal pertencente à raça dos mulos, produto híbrido do cruzamento entre asininos (Equus asinus) e eqüinos (Equus caballus). Quando o jumento fecunda a égua, o macho resultante desse cruzamento é denominado burro, mulo ou mu, e a fêmea, besta ou mula. Se a jumenta for fecundada pelo garanhão, o que é raro, o macho é denominado bardoto ou asneiro, e a fêmea, bardota ou asneira.
Os muares machos são sempre estéreis, mas as fêmeas podem eventualmente ser fecundadas por garanhões ou jumentos. Costumam ser castrados os burros indóceis, de perigoso manejo. No Brasil, Argentina, Estados Unidos, Espanha e França criam-se muares de excelente qualidade. Com orelhas grandes, crina eriçada e cauda sem pêlos na base, os muares assemelham-se aos jumentos e têm, como estes, risca dorsal, faixa por entre as espáduas e patas manchadas. Animais de tração por excelência, são usados para montaria, apesar de teimosos, na América, no sul da Europa e no norte da África.
Supõe-se que os primeiros muares apareceram em terras da Mesopotâmia. A mais antiga referência a eles data de 2800 a.C. Sabe-se também que os muares foram muito usados pelos romanos. No Brasil colonial, desempenharam papel importante para garantir a expansão das fronteiras nacionais, nas entradas do colonizador pelos sertões. A agricultura de então precisava de muares para o transporte da produção. Os animais eram criados nos pampas e na caatinga, e os comerciantes os compravam no Rio Grande do Sul ou os roubavam no Uruguai e na Argentina, então domínios espanhóis. Na atualidade, há muares em todos os estados do Brasil. Os que se originam de cruzamento entre o jumento brasileiro e a égua mangalarga ou campolina são os preferidos para os trabalhos rurais, por seu grande porte e resistência às longas caminhadas.

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